Na calma solidão de um cemitério
De brancas e tristonhas sepulturas
Enterrei meu passado de venturas
Meus sonhos, meus amores, meu mistério.
Tal como quem habita um monastério
Encarcera-se dentro das escuras
Celas, aprisionei também as puras
Ilusões sob aquele chão funéreo.
Hoje a vida já nada significa…
O desalento torna tudo amargo…
Vai-se o prazer, apenas a dor fica…
Oxalá meu sofrer seja fugaz,
E que eu possa, destruindo esse letargo,
Remir um dia o que deixei pr’a trás!